sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O negócio da Música

É a velha discussão de "quem deveria ter reais direitos sobre a obra"; cansei disso. Tudo bem, seria fácil para mim, que não dependo disso pra viver, gritar aos quatro cantos do mundo: "Artistas, músicos e compositores, uni-vos: mandemos as gravadoras solenemente passear".

Mas é exatamente o que eu faria se dependesse disso pra viver. É um absurdo inconcebível ficar com menos de 2% (isso no papel, fora as "bolas nas costas") de uma obra que foi criada totalmente por você. Melhor ficar com 100% de um pouquinho, e ter liberdade de fazer o que quiser, ter o direito que todo artista deveria ter: transgredir, evoluir. Mudar caminhos. Abrir trilhas novas. Errar, e errar muito; pra aprender. E pros que vêm depois não errarem na mesma encruzilhada. Para fazer todo mundo andar pra frente, porque é pra frente que se anda, nem que se esteja à beira de um precipício. Antes voar solto no espaço do que se sentar "no trono de um apartamento, com a boca escancarada cheia de dentes, esperando a morte chegar".

"No cume calmo do meu olho que vê assenta a sombra sonora de um disco voador". E eu entraria nele, sem a menor hesitação.

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